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Que cenário podemos esperar para a pesquisa clínica em 2022?

A pandemia foi um momento extremamente desafiador para a comunidade científica internacional, mas também reforçou o papel vital que a pesquisa clínica desempenha na saúde da população. Com isso, houve uma demanda enorme por cada vez mais estudos clínicos para a busca por drogas cada vez mais eficazes e, consequentemente, houve melhorias ligadas ao seu desenvolvimento.

Mas será que agora que a pandemia está mais controlada, os estudos clínicos podem perder parte do protagonismo em 2022?

Vimos pesquisadores explorando novas formas de trabalhar e fazendo uso da flexibilidade regulatória, o que catalisou a adoção de ensaios clínicos mais descentralizados. Foram implementadas ferramentas digitais para conectar pesquisadores, pacientes e a indústria farmacêutica. Além disso, os órgãos regulatórios e comitês de ética em pesquisa adotaram formas mais céleres de tramitar, incluindo uma rápida revisão da ética em pesquisa, permitindo uma aprovação mais rápida das pesquisas e fazendo os ensaios decolarem com mais rapidez.

Uma vez que os pacientes ficaram receosos de se deslocarem até o centro de pesquisa, ferramentas como o TCLE (Termo de Consentimento Livre Eletrônico), telessaúde, monitoramento remoto de pacientes permitiram que os investigadores mantivessem contato com os participantes do estudo à distância. Ou seja, a urgência do momento fez os cientistas descobrirem que é possível, sim, concluir os estudos de forma mais rápida, sem afetar a sua segurança, ética e qualidade.

Apesar da pandemia estar mais controlada, os estudos clínicos ainda estão a todo vapor, já que para além das vacinas contra Covid-19 desenvolvidas, os pesquisadores buscam por medicamentos que sejam capazes de aliviar os seus sintomas e impedirem que a doença se agrave.

Por causa da urgência criada pela pandemia, muitos ensaios clínicos para outros tipos enfermidades foram pausados e, até mesmo, não iniciados. Portanto, é bem provável que haja o aumento da demanda por estudos de outras especialidades, principalmente das áreas menos exploradas durante este período, como para a oncologia e neurologia, por exemplo.

A pesquisa clínica ainda tem uma longa jornada pela frente, mas também um futuro realmente promissor. É muito importante que os avanços que fizemos e o conhecimento que adquirimos não sejam perdidos, para assim, permitir a chegada de tratamentos inovadores com mais rapidez e eficiência para as pessoas que precisam de novas alternativas e mais qualidade de vida!