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Como é trabalhar no setor da pesquisa clínica? – Entrevista Insight #1 com Camila Bender

O Insight está começando uma nova série de entrevistas com profissionais da área da pesquisa clínica que fazem parte do ecossistema do centro. Nesta primeira edição, conversamos com a Diretora de Gestão Financeira do Insight, Camila Bender. A profissional falou um pouco mais do setor e sobre as possibilidades que ele oferece, além do cenário atual tanto do país como do próprio centro.

Em 2008, Camila se formou em Biologia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos e logo se interessou pela Pesquisa Clínica. A profissional se especializou na área e nos anos seguintes assumiu a coordenação de pesquisas no Hospital São Lucas PUCRS no setor de Gastroenterologia. Em 2012, ela se tornou Coordenadora de Estudos Clínicos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), cargo que exerce até os dias atuais.

Atualmente, Camila atua paralelamente no Insight e no HCPA, onde coordena a área de Hematologia com função financeira e regulatória. Durante esta trajetória, Camila conheceu suas parceiras fundadoras do Insight, Andréa Kramer e Aline Santos, com quem dividiu o amor pela área da pesquisa. O projeto foi desenvolvido por cerca de 5 anos até ser idealizado pelas três no início de 2021.

No Insight, Camila é responsável pela revisão de orçamentos de estudos e também pelo controle dos recebimentos, pagamentos e compras. Acompanhe a seguir uma entrevista exclusiva com a Diretora de Gestão Financeira do Insight:

Por que você escolheu a pesquisa clínica? O que chamou a sua atenção nesta área?

Eu comecei a entender que ela é essencial para a inovação na área da Medicina. Sem ela, não existem novos tratamentos. Temos que sempre estar em busca desse objetivo e foi isso que chamou a minha atenção inicialmente, porque não tinha ideia da necessidade da área para disponibilizar novas terapias. Hoje em dia, devido a pandemia causada pela Covid-19, as pessoas estão tendo a oportunidade de entender melhor o papel dos estudos clínicos para a saúde da população como um todo. No entanto, há dez anos atrás isso ainda não existia.

Quais são as oportunidades que a pesquisa clínica pode trazer para os profissionais que trabalham com ela?

A pesquisa clínica é um nicho muito diverso para todos os profissionais, principalmente na área da saúde. Seja da parte farmacêutica ou até administrativa, ela acaba se tornando uma fonte de oportunidade infinitas. Infelizmente, as pessoas ainda não possuem acesso à ela durante a formação profissional, porque nesta fase acabamos seguindo o segmento da universidade. Muitas vezes a pesquisa clínica não é divulgada em centros acadêmicos, e entender qual é o papel de uma enfermeira, biomédico ou qualquer que seja a especialização dentro de um centro de pesquisas é muito importante.

Como foi a concepção do Insight?

Nós três sempre conversamos muito sobre as dificuldades que tínhamos no dia a dia. Passamos a desenhar o que seria importante que mais pessoas entendessem para o avanço da pesquisa clínica sem os obstáculos que muitas vezes são impostos em diversas instituições que causam burocracia e acabam atrasando o desenvolvimento da área em si. Estruturamos um fluxo com detalhes de logística e infraestrutura e hoje contamos com um grupo de investidores que compraram a ideia do Insight.

Como você enxerga o cenário da pesquisa clínica no Brasil?

No último ano, houve um enfoque muito grande na Covid-19. Percebo que a partir dos próximos meses, nós vamos ter um aumento na demanda por estudos de outras especialidades. Acredito que em 2022 devemos ter um boom na pesquisa clínica, porque diversas áreas vão reaquecer e muitos estudos que estavam parados voltarão a ser conduzidos.

Qual é o maior desafio para um centro de pesquisa que está começando suas atividades?

Nosso maior desafio tem sido iniciar um estudo. Como somos um centro novo, apesar de termos um grande contato com a indústria, trazer estudos para cá ainda é um processo que requer certo tempo. Nós já estamos participando de processos seletivos para diversas pesquisas. Sabemos que é um processo longo, mas acredito que em 2022 teremos muitas novidades.

Qual é a principal meta do Insight em curto e longo prazo?

O objetivo maior do Insight é ter cada vez mais autonomia de gestão e financeira. Paralelamente, continuar expandindo a equipe com profissionais especializados em suas áreas, além de fortalecemos a nossa rede de médicos investigadores parceiros. Queremos nos tornar um centro de referência em pesquisa clínica pelos prazos, fluxos e também pelo cumprimento das boas práticas do setor.

Quer saber mais sobre o Insight? Clique aqui, preencha o formulário e venha conversar conosco!