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A alta dos atendimentos de pacientes com asma na Atenção Primária à Saúde

A asma é uma das doenças respiratórias mais recorrentes no Brasil e os atendimentos em 2021 por conta da doença tiveram uma alta significativa

A asma é uma doença crônica, heterogênea e inflamatória que está presente em diversas pessoas de todas as faixas etárias. Não transmissível, é determinada por problemas respiratórios, inflamação das vias aéreas ou brônquios. 

Seus principais sintomas são caracterizados pela falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de estar com o peito pesado ou aperto, chiado no pulmão e tosse. Sua gravidade varia de pessoa para pessoa, bem como a frequência dos “ataques”, que podem ocorrer várias vezes ao dia ou a cada semana e piorando a noite ou durante o dia. Também desencadeiam insônia, fadiga e absenteísmo, por exemplo. 

Em uma crise de asma, as vias aéreas vão se estreitando e reduzindo a passagem do ar na inspiração e expiração pulmonar, estreitamento esse que se deve ao revestimento dos brônquios que incham. 

Sem cura, o tratamento adequado pode ajudar a diminuir os sintomas e crises, melhorando a função pulmonar. O Brasil é um dos únicos países a oferecer esse tratamento gratuitamente para a população. 

A alta de casos em 2021

É também um dos problemas de saúde mais comuns no Brasil. Cerca de 23,3% da população sofra com a doença. No ano de 2021, 1,3 milhões de atendimentos na Atenção Primária à Saúde (primeira entrada no cidadão brasileiro no SUS) foram realizados. Isso significa que 231 mil atendimentos a mais do que em 2020. Dados apontam que as maiores altas aconteceram nos meses de maio e junho de 2021, que coincidem com um período grave da pandemia de Covid-19 no país, com crescimento de casos e a flexibilização da quarentena. 

A partir de julho, o número de consultas de pacientes asmáticos diminuiu nas UBSs (Unidades básicas de saúde), consequência da redução dos casos de Covid-19, esse que é um fator de risco no quadro asmático, tanto quanto o tabagismo. 

A asma e os fatores de risco

A asma geralmente é descoberta ainda na infância, e pode se desenvolver devido a fatores genéticos, mas também pode aparecer ao longo da vida. O tabagismo, por exemplo, pode levar ao desenvolvimento da doença, além de agravar os casos já existentes. Pessoas que não fumam, mas convivem com pessoas que fazem o uso do cigarro, também correm o risco de ter aumento na inflamação dos brônquios. 

Outro fator de risco para a asma, e que poucas pessoas levam em consideração, é a obesidade. Diretamente relacionada ao agravamento de casos asmáticos, causa hiper responsividade brônquica, inflamações sistêmicas e níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias. 

O sedentarismo influencia diretamente a doença. A falta de atividade física causa o agravamento de doenças crônicas, especialmente as respiratórias. Pessoas sedentárias que desenvolveram asma tem maior risco de mortalidade. 

Entretanto, os pacientes asmáticos devem ter um acompanhamento médico para obter informações e orientações sobre sua capacidade respiratória e como podem executar adequadamente e de forma segura exercícios físicos. 

Ao sentir sintomas de asma ou qualquer dificuldade e desconforto respiratório, busque a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.

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