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Por que a asma afeta mais mulheres e como novos medicamentos têm mudado a jornada delas

A asma é uma doença crônica respiratória muito comum na população brasileira. Apenas para você ter uma ideia, as estatísticas apontam que existem aproximadamente 20 milhões de asmáticos no Brasil, sendo que sua incidência é cerca de duas vezes maior em mulheres do que em homens.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE realizada em 2019, dos 8 milhões de brasileiros com idade a partir de 18 anos diagnosticados com asma, 5,1 milhões eram mulheres e 3,2 milhões, homens.

Mas, afinal, por que a asma atinge mais as mulheres? As causas específicas para uma maior incidência da doença no sexo feminino ainda não são tão claras para a ciência, entretanto, acredita-se que fatores hormonais podem contribuir para tal fato.

Puberdade

Durante a infância, os meninos costumam ser os mais afetados pela asma. Mas essa situação se inverte com o passar do tempo, principalmente no período da puberdade. Muitos pesquisadores acreditam que isso acontece porque nessa fase da vida ocorre o estímulo e o aumento da produção dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona. Entretanto, ainda faltam pesquisas para confirmar tal relação.

Outro fator que está associado às mulheres sofrerem mais com a asma, podendo também agravar os seus sintomas, é o uso frequente de substâncias que podem interferir com o equilíbrio hormonal, como o uso da pílula anticoncepcional, pílula do dia seguinte e Terapia de Reposição Hormonal (TRH).

Mais pesquisas são necessárias

No País de Gales, cerca de 180 mil mulheres convivem com a asma e sofrem com seus sintomas debilitantes. Essa situação se agrava quando dados oficiais do país mostram que quase 70% das pessoas que morreram de asma no país entre 2016 e 2020 eram do sexo feminino.

Diante de tal realidade, nota-se que é imprescindível que haja o incentivo de mais pesquisas para analisar as diferenças relacionadas ao sexo na doença, principalmente sobre a ligação entre as alterações hormonais femininas e a asma.

Entender melhor como a doença afeta as mulheres é o primeiro passo para que pesquisadores encontrem novos tratamentos mais eficazes, que atuem na causa ativa da asma e gerem mais qualidade de vida a milhares de pacientes.

Novos tratamentos

Cerca de 5 a 10% dos asmáticos podem apresentar asma grave, uma condição que acontece quando os pacientes não conseguem ter um controle eficaz da doença, mesmo seguindo o tratamento médico. Normalmente, esses pacientes necessitam recorrer a altas doses de corticoides, que causam inúmeros efeitos colaterais graves no organismo, para que sintomas como a falta de ar, tosse e chiado no peito sejam minimizados e não interfiram nas tarefas diárias.

A boa notícia é que os medicamentos imunobiológicos vêm revolucionando o tratamento da asma, possibilitando que esses pacientes tenham um controle maior sobre a doença e reduzindo as frequentes visitas aos prontos socorros e as internações hospitalares causadas pelas crises.

Esses medicamentos para asma grave possuem cobertura obrigatória pelos planos de saúde e dois deles já estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento é feito sob aplicação endovenosa ou subcutânea em um centro de infusão especializado.

Pesquisa clínica para asma

O Insight está conduzindo um estudo clínico no Hospital de Clínicas de Porto Alegre em busca de informações que possam potencializar o tratamento e melhorar a qualidade de vida de pessoas acometidas pela asma.

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